sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!


 

 Desejo a todos um natal com muita sáude, alegria e algumas prendas, de preferência Livros! =)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

When the Eagle Hunts

Após uma longa ausência...
Não, não desisti deste blogue, apenas tenho lido muito pouco tendo em conta que tenho andado mais ocupado e nos tempos livres me tenho dedicado a outras actividades.

Mas sempre que posso e termino um livro venho cá dar a minha opinião acerca dele. 



Título original: When the Eagle Hunts

Autor: Simon Scarrow
Editora: Headline
Nº de Páginas: 448


Sinopse: "It is the winter of AD 44 and after a series of bloody battles, Camulodunum (modern-day Colchester) has fallen to the invading Roman army.
As General Vespasian, legate (Legatus legionis) of the Second Legion, helps plan their next campaign, General Plautius's wife and children are shipwrecked in a storm. They fall into the hands of a dark sect of Druids who now demand the return of their brotherhood taken prisoner by the Romans.
Two soldiers (Centurion Macro and Optio Cato) volunteer from the Second Legion of Legate Vespasian to venture deep into hostile territory in an attempt to rescue the prisoners before they are sacrificed to the Druid's dark gods. Will Cato and Macro discover where the Druids are hiding their hostages? Can they find some way to rescue them before the time runs out?"

 Há já algum tempo que vejo os livros deste autor e há muito que tinha a intenção de comprar um para experimentar, pois é um estilo que eu gosto e já tinha lido boas críticas.
Numa das minhas idas à Fnac e na procura de um livro, encontrei numa secção de livros com desconto, este livro pela módica quantia  de 5 euros e dedici aproveitar, pois assim satisfazia a  minha curiosidade e não pesava muito na carteira.

Agora falando do que realmente interessa...
Este livro penso que seja um dos últimos desta colecção que acompanha a vida de um Centurião Macro e do seu Optio Cato em diversas missões. Digo isto pois ao longo do livro, são referidas histórias que aconteceram antes e que revelam que esta história se passa num tempo mais avançado em relação a outros livros da colecção.

De qualquer forma, não ter lido os livros anteriores não é de todo impedito, de compreender a história deste e de a conseguir acompanhar.
A história desenrola-se após a conquista de uma cidade na Britânia, ilha que o exército romano, invandiu recentemente e tenta conquistar, de forma a expandir o seu, já vasto território.

O livro inicia-se com a descrição de uma tempestade e de um naufrágio, do qual sobrevivem duas crianças e dois adultos, sendo estes posteriormente capturados por uma facção mais "negra" de Druidas.
Seria isto algo comum nestes dias, não fossem, estas duas crianças e um dos adultos, os filhos e esposa do general que está a comandar a Segunda Legião, na invasão da Britânia.

É este incidente que dá assim o mote para o desenrolar da acção ao longo do livro. A captura e a chegada da informação aos ouvidos do general e a estratégia que é desenvolvida para os recuperar, sendo que no meio disto tudo, quem são os dois soldados chamados para tamanha tarefa? Nada mais nada menos, que Cato e Macro. Os dois embarcam assim numa missão quase impossível, na qual têm de se infiltrar em território inimigo, encontrar os filhos e esposa do general e se possível resgatá-los.

Ao longo do livro acompanhamos assim a vida destes dois soldados e as peripécias e perigos, que estes passam.
A descrição das batalhas está bem conseguida, dando-nos uma imagem da confusão, destruição e morte presentes durante os conflitos que ocorrem, sem no entanto, existir uma descrição excessiva que poderia quebrar um pouco o ritmo frenético a que os combates se desenvolvem.

A organização do exército romano também é descrita de uma forma objectiva e clara, sendo assim possível transmitir sucintamente a forma como o melhor e mais bem treinado exército da altura se organizava.
Em termos de história, o autor fez uma boa investigação e consegue assim transmitir determinados conhecimentos de um forma simples e concisa, sem afectar o desenrolar da história.
Pessoalmente gostei mais da parte final do livro, em que a acção se estava a desenrolar a um ritmo mais rápido, do que no início, em que muitas partes importantes da acção surgem a um ritmo um pouco lento

Em relação à descrição das personagens e dos seus sentimentos e emoções, o autor consegue criar um laço entre as mesmas e o leitor, dando a conhecer algumas das suas reflexões e sentimentos.
A narração da história é fluída, no entanto, tem algumas partes mais "mortas" e que quebram um pouco o ritmo, sendo às vezes um pouco aborrecidas. No entanto, é um livro bom e que se lê rapidamente dado o seu pequeno tamanho.

Resumindo, este é um livro que aconselho apenas a quem goste desta época da história (época romana) e goste de romances históricos, uma vez que o tipo de história e a acção não irá agradar a qualquer leitor. Quem tiver interesse e gostar deste género, este é um livro razoavelmente bom, de leitura rápida e agradável.


Nota final: 6/10

domingo, 8 de agosto de 2010

A Demanda do Visionário

ATENÇÃO: Pode conter spoilers!!


Título original: Assassin’s Quest (2ª parte)

Autor: Robin Hobb
Tradução: Jorge Candeias
Editora: Saída de Emer­gên­cia
Nº de Páginas: 480

Sinopse: "O ver­da­deiro rei dos Seis Duca­dos desa­pa­re­ceu numa mis­são mis­te­ri­osa em busca dos Anti­gos para sal­var o reino da ame­aça dos Navios Ver­me­lhos. O seu irmão usur­pa­dor está deter­mi­nado a impor uma tira­nia cruel e não abrirá mão do poder, a não ser com a pró­pria morte.
Fitz sabe que a única forma de por fim ao rei­nado do prín­cipe usur­pa­dor é ini­ciar uma demanda em dire­ção ao reino das Mon­ta­nhas onde irá des­co­brir a ver­dade sobre as pro­fe­cias do Bobo. Mas a sua mis­são enfrenta um novo perigo com a magia do Talento a pre­ci­pi­tar a sua alma para a beira do abismo.
Con­se­guirá resis­tir à magia e ainda enfren­tar os obs­tá­cu­los que sur­gem à sua demanda?"


Este último livro inicia-se precisamente onde o livro anterior acabou, dado que o livro original foi dividido em dois, e este corresponde à segunda parte.
Neste livro vamos reencontrar determinadas personagens sobre as quais nada se sabia desde o último livro, entre as quais Kettricken, o Bobo e finalmente iremos saber o verdadeiro destino de Veracidade.
É na companhia do Bobo, da Kettricken e de outros duas personagens Panela e Esporana que Fitz parte em busca de Veracidade, o qual partiu em busca dos Antigos, de forma a conseguir auxiliar o seu povo na luta com os Navios Vermelhos.

Neste livro a autora mantém o seu estilo característico. Continua a manter o foco no pensamento de Fitz, personagem que acabamos por conhecer bastante bem e começar até, a nutrir alguns sentimentos acerca do seu destino.
Em certas partes a história desenrola-se muito lentamente, sem grande progresso, no entanto a autora aproveita este tempo morto de forma astuta, dando-nos a conhecer melhor as dúvidas e crises de Fitz, e acabando as partes "mortas" por serem lidas com prazer.

Robin Hobb mantém assim a sua escrita interessante e desperta a curiosidade em cada capítulo, fazendo-nos querer ler mais, acabando o livro por ser lido com uma rapidez considerável.

No entanto, pessoalmente, não gostei muito do desfecho que a história teve e da forma como o final foi apresentado. Neste livro ao contrário de muitos outros, em que os "heróis" têm sempre um final mais ou menos feliz, neste passam por bastantes dificuldades e o final nem sempre é o melhor.
Achei o final apressado, e gostaria que a autora se tivesse prolongado um pouco mais na forma como os Navios Vermelhos foram vencidos e na razão para terem feito o que fizeram.
Mas o ponto que menos gostei foi o destino final que a autora atribuiu a Fitz depois de tudo o que passou achei que merecia melhor, pois todos arranjaram um final consideravelmente feliz, e a Fitz pareceu-me a mim que lhe deu um ar de resignado, aceitando a sua condição solitária sem grandes problemas. Gostaria que tivesse sido dado a Fitz um final mais feliz, na companhia de alguém e a ter a vida pacifica que gostaria, não uma vida de ermita afastado de tudo e todos os que tinham sido importantes.

No entanto não retiro mérito à autora pela excelente saga que escreveu, que me cativou do primeiro ao último livro.
Fico também agradecido à Saída de Emergência por ter apostado nesta saga, e os meus parabéns ao tradutor Jorge Candeias pela excelente tradução (já com o novo acordo ortográfico).

Fica assim o meu conselho para lerem esta saga que não se irão arrepender.

Nota final: 9/10

domingo, 25 de julho de 2010

O Exército Perdido

Bem após uma ausência prolongada, devido à pouca disponibilidade para ler livros, estou de volta com mais uma análise ao livro que estive a ler durante este tempo todo. Não por ser aborrecido, mas simplesmente porque o trabalho não me permitiu.


Título original: L'Armata Perduta

Autor: Valerio Massimo Manfredi
Tradução: José J.C. Serra
Editora: Porto Editora
Nº de Páginas: 448

Sinopse: "Xenofonte não foi apenas o biógrafo de Sócrates, foi também o comandante militar da famosa Retirada dos Dez Mil. Esta é a sua história - e a história de uma mulher que, por amor, tudo abandonou...
A vitória não é o único caminho para a glória. Ano 401 a.C. - Trinta anos de guerra entre Esparta e Atenas levaram a Grécia ao limite das suas forças. Nesse momento de profunda crise, Ciro, irmão do imperador persa Artaxerxes, decide reunir um enorme exército de mercenários gregos, que passará à História como o "Exército dos Dez Mil". Ainda que tenha anunciado que o seu propósito era combater tribos rebeldes, o verdadeiro objectivo desta marcha de três mil quilómetros continua a ser um dos grandes enigmas da Antiguidade. Depois da morte de Ciro numa batalha, os mercenários ficaram abandonados à sua sorte num território que lhes era hostil. Pouco depois, os chefes gregos seriam aniquilados numa emboscada. Xenofonte, um culto guerreiro ateniense, toma o comando da fracassada expedição e empreende o regresso à pátria. A seu lado, sempre, uma figura de mulher: Abira, a jovem que tudo abandonou para o seguir.
O Exército Perdido narra a épica aventura dos Dez Mil e, simultaneamente, a história de um amor incondicional que nunca vacilou diante das maiores adversidades."


Neste livro é nos dado um retrato verosímil da viagem de 10.000 mercenários, contratados por Ciro para destronar o seu irmão, Artaxerxes, Rei da Pérsia. Entre estes mercenários encontra-se um escritor grego Xenofonte, o qual é o responsável pela escrita de um diário com todos os passos desta épica jornada.

A história é nos contada por Abira, uma jovem que decide acompanhar Xenofonte nesta viagem. É através dela que ficamos a conhecer as diversas personagens, incluindo Xenofonte, e também através da qual ficamos a saber os perigos e obstáculos que estes 10.000 soldados tiveram de enfrentar. Desde o exército do rei persa, as montanhas habitadas por um povo hostil e Invernos rigorosos, tudo nos é explicado por esta rapariga, que o que tinha a menos em força física compensava com uma força interior, sendo o seu esforço e dedicação equivalente ao dos soldados que por tantas provações passaram.

O autor aproveita assim este livro para tentar explicar e justificar determinadas acções e acontecimentos ocorridos durante esta longa marcha, dado que o relato história tem omissões importantes, é nos assim apresentada uma hipótese para o que realmente aconteceu. É um livro bastante detalhado em relação ao percurso, batalhas e dia-a-dia do exército. As intrigas políticas estão bem patentes ao longo da história, sendo que a posição de Esparta em relação à Pérsia é a mais focada. O romance de Abira e Xenofonte está bem realçado ao longo da história, sendo esse aliás a principal razão para Abira nos contar a sua história, dado que foi por amor que esta abandonou tudo e o seguiu nesta aventura.

O autor no final refere também que a história deste livro foi fruto de uma intensa pesquisa, tendo o próprio feito 3 expedições de forma a reconstituir o percurso feito pelo exército, é assim um livro com uma base histórica bastante verosímil e fiel, ao conhecimento que existe acerca desta marcha.

Resumindo é um livro com uma leitura agradável e interessante, sendo no entanto, especialmente recomendado para quem gosta de romances históricos passados nesta época. É também um livro com um suporte histórico bem suportado e portanto quem tem curiosidade de saber um pouco mais acerca deste acontecimento e gosta de romance, é o livro ideal.

Nota final: 7/10

sábado, 3 de abril de 2010

A Vingança do Assasino



Título original: Assassin's Quest (1º metade)

Autor: Robin Hobb
Tradução: Jorge Candeias
Editora: Saída de Emergência
Nº de Páginas: 441

Sinopse: "FitzCavalaria renasce dos mortos graças à magia desprezada da Manha, mas a sua fuga das garras da morte deixou-o mais selvagem do que humano. Os seus velhos amigos têm que ensiná-lo a ser um homem de novo, e depois deixá-lo escolher o seu próprio destino. Incapaz de esquecer a tortura a que foi submetido às mãos do príncipe usurpador, Fitz planeia vingança enquanto recupera a sua alma e sanidade. Até ao momento em que o seu verdadeiro rei o chama para o servir numa missão misteriosa com consequências inimagináveis. Numa terra arruinada pela ganância e crueldade onde Fitz se tornou uma lenda temida, ele fará tudo para restaurar a verdadeira regência nos Seis Ducados. Mas primeiro terá que escapar dos seus inimigos que lhe movem uma perseguição sem quartel…"

No livro anterior Fitz é salvo da morte recorrendo ao uso da Manha. Morto para o mundo exterior cabe a Breu e Castro, os únicos que sabem o que realmente aconteceu, voltar a "reanimá-lo". Passando tanto tempo na pele de lobo, Fitz tem de aprender novamente a comportar-se como uma homem e a cuidar de si, sendo a Castro que cabe a tarefa de o ensinar. Sempre acompanhado pelo seu lobo Fitz começa assim a reaprender a ser humano e a comportar-se como tal.

Após um longo período de readaptação Fitz começa a planear vingança contra o responsável pelo que lhe aconteceu. Por ter perdido tudo aquilo que estimava e por lhe ter sido roubada a "vida".
Dividido pelo desejo de vingança para com Majestoso e pela vontade de procurar Veracidade, Fitz vive assim na dúvida do que deverá fazer.
No entanto nem tudo são obstáculos no caminho que Fitz decide seguir, encontrando ajudas preciosas e inesperadas.
Contudo, Majestoso acaba por descobrir que Fitz está vivo e lança uma verdadeira caça ao homem, sendo que a já de si difícil demanda a que se propôs, se torna ainda mais complicada.

Robin Hobb apresenta-nos assim mais um livro do mesmo estilo dos anteriores, com uma boa escrita, envolvente e deixando-nos a curiosidade aguçada para o próximo livro.
Neste livro dado que Fitz se aventura sozinho, a interacção com outras personagens é muito menor do que nos livros anteriores, sentido-se assim falta das personagens às quais já estávamos habituados e com as quais Fitz tinha os laços mais próximos.
Este é um livro mais focado nos sentimentos e pensamentos de Fitz, dado que a sua solidão lhe permite reflectir melhor.

Estamos assim perante mais um grande livro desta autora que nos cativa do início ao fim, com momentos imprevisíveis(outros um pouco previsíveis) mas em resumo a qualidade a que ficamos habituados dos livros anteriores está patente neste. A descrição dos sentimentos e emoções das personagens continua muito boa, permitindo-nos estabelecer uma ligação cada vez mais próxima com as personagens que vão surgindo ao longo da história e principalmente com Fitz Cavalaria.

Aguardo ansiosamente pelo próximo e último volume.


Nota final: 8/10

domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Nome do Vento


Título original: The Name of the Wind

Autor: Patrick Rothfuss
Tradução: Renato Carreira
Editora: Gailivro
Nº de Páginas: 976

Sinopse: "Da infância como membro de uma família unida de nómadas Edema Ruh até à provação dos primeiros dias como aluno de magia numa universidade prestigiada, o humilde estalajadeiro Kvothe relata a história de como um rapaz desfavorecido pelo destino se torna um herói, um bardo, um mago e uma lenda. O primeiro romance de Rothfuss lança uma trilogia relatando não apenas a história da Humanidade, mas também a história de um mundo ameaçado por um mal cuja existência nega de forma desesperada. O autor explora o desenvolvimento de uma personalidade enquanto examina a relação entre a lenda e a sua verdade, a verdade que reside no coração das histórias. Contada de forma elegante e enriquecida com vislumbres de histórias futuras, esta "autobiografia" de um herói rica em detalhes é altamente recomendada para bibliotecas de qualquer tamanho."



Já tinha visto este livro por diversas vezes nas livrarias, mas nunca me tinha chamado muito a atenção, tanto pelo tamanho como pelo seu título e sinopse. No entanto depois de ter visto em vários blogues boas opiniões acerca deste livro e como o género se enquadra na fantasia (o meu preferido) decidi arriscar e ler o livro.

Tinha lido alguns comentários que comparavam este livro com Harry Potter... No entanto, a única "semelhança" que posso encontrar é o facto de a personagem principal deste livro ingressar na Universidade para desenvolver e aprofundar certos conhecimentos, o que pouco tem a ver com a Escola de Hogwarts do Harry Potter, de resto não vejo mais nenhuma "semelhança".

O tamanho deste livro pode assustar qualquer um... Quase 1000 páginas fazem muitas pessoas pensar duas vezes, dado que não é cómodo de transportar, demora tempo a ler, entre outros... No entanto se essa for a vossa única razão para não o comprarem digo-vos desde já que a devem colocar imediatamente de parte, pois o livro (excepto algumas partes mais aborrecidas, que são poucas a meu ver) está muito bom e aconselho vivamente a ler quem gosta de fantasia com um toque assim de misterioso e "dark".


A história do livro baseia-se na vida de Kvothe, um "estalajadeiro" (pelo menos no presente) que aquando da chegada de um Cronista acede ao seu pedido de contar a sua história. A partir daqui e nos próximos livros, vai-se perceber como Kvothe chegou a "estalajadeiro" e tudo o que ocorreu na sua vida até está etapa. Neste livro é nos falado acerca da sua trupe dos Edema Ruh e da sua entrada na Universidade, há muitos mais acontecimentos pelo meio importantes de referir, contudo não é do meu interesse revelar factos que possam acabar com certos mistérios na história. Kvothe alerta o Cronista que precisará de três dias para contar a sua história, correspondendo este livro ao primeiro dia.


Ao longo da história Kvothe vai descrevendo os encontros com diversas personagens, no entanto, aquelas que me deixaram mais interessado foram aquelas que ele menos descreveu como Bast o seu amigo e Mestre Elodin (pela sua atitude peculiar, se lerem o livro irão perceber). Denna fiquei curioso para saber que papel irá desempenhar no seu futuro, se é que irá desempenhar algum, no entanto, pelo que me foi dado a entender da leitura julgo estar correcto, ao acreditar que será importante.


A escrita do autor é muito boa e consegue-nos manter cativados a maior parte do tempo ao longo das quase 1000 páginas. Através da escrita o autor consegue-nos por em contacto com as emoções de Kvothe em relação a cada situação e a cada personagem, permitindo-nos assim entrar neste mundo por ele criado.

Em resumo é um livro que gostei bastante de ler e que aconselho a quem gosta de fantasia. Certamente que irei comprar os livros seguintes desta colecção pois fiquei bastante curioso para saber a continuação da história.


Nota final: 8/10

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

The Spook's Mistake


Título original: The Spook's Mistake

Autor:Joseph Delaney
Editora: Red Fox (2009)
Nº de Páginas: 480
Linguagem: Inglês

Sinopse: "
As danger increases in the County, Tom is sent far north by his master to be trained by Bill Arkwright, another Spook. Arkwright lives in a haunted mill on the edge of a treacherous marsh and his training methods prove to be harsh and sometimes cruel. But he has toughened up many previous apprentices and now he must do the same for Tom and prepare him for the gravest dangers of his life.

But when the Fiend sends his own daughter, the ancient powerful water witch Morwena, to destroy Tom, Arkwright makes an error of judgement and Tom finds himself facing his enemies alone. The Spook and Alice realising his danger, hasten to his aid but will even their combined strengths suffice in the face of such terrible dark power? And what is the Spook's mistake, the consequences of which might give final victory to the dark?"


Este é o quinto livro da saga "The Wardstone Chronicles". É um livro mais orientado para o público juvenil, no entanto, não é algo que me faça gostar menos. Comecei a ler a saga por mera curiosidade e sendo sincero não tendo grandes expectativas, mas os livros acabaram por me surpreender pela positiva, e o enredo apesar de não ser muito complexo, conseguir cativar-me em todos os livros que li até agora. Em todos os livros acompanhamos a vida do jovem aprendiz Tom, sendo a história relatada na primeira pessoa e de uma perspectiva passada, ou seja, é como se estivessemos a ler o "diário" de Tom, que relata o que lhe aconteceu.

Neste livro Tom é enviado para o norte para ir ter com Bill Arkwright, de forma a continuar a sua aprendizagem. No entanto o que seriam simplesmente 6 meses de treino, acabam por se complicar, e a vida de Tom e dos seus companheiros é posta em risco.
A história vai-se tornando mais "dark" a cada livro, e cada vez mais vou gostando desta história. Tal como disse não é nada de rebuscado, mas o escritor tem uma forma de a transmitir que me cativa.

Não há muito mais que possa dizer sobre estes livros, basicamente baseiam-se numa luta entre o mal e o bem, existem feiticeiros (spook), penso eu que seja a tradução correcta, bruxas e outras criaturas. São livros pequenos que se lêem rapidamente e de leitura agradável.

Nota final: 7/10

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A Corte dos Traidores

Cá estamos novamente, o primeiro post de 2010. Após uma bela passagem de ano (espero que a vossa também tenha sido), estou de volta para continuar a dar a minha opinião sobre os livros que vou lendo.

Espero que 2010 seja um ano excelente para todos nós, com tudo do bom e do melhor. E se possível com uns quantos livros à mistura.

Já acabei este livro à mais tempo mas só agora consegui dedicar
tempo para escrever um pouco sobre ele.




Título original: Royal Assas­sin

Autor: Robin Hobb
Tradução: Jorge Candeias
Editora: Saída de Emergência (2009)
Nº de Páginas: 368


Sinopse: "Os Seis Duca­dos estão mais vul­ne­rá­veis do que nunca. Enquanto o prín­cipe her­deiro com­bate os Navios Ver­me­lhos com a sua frota e a força do seu Talento, o rei Sagaz enfra­quece a cada dia com uma mis­te­ri­osa doença e ban­dos de For­ja­dos dirigem-​se para Torre do Cervo matando todos pelo cami­nho.
Mais uma vez, Fitz é cha­mado para ser­vir como assas­sino real. Mas o jovem esconde outro segredo: nin­guém pode saber que for­mou um vín­culo com um jovem lobo atra­vés da magia proi­bida da Manha e, se for des­co­berto, arrisca-​se a uma sen­tença de morte.
Quando o prín­cipe her­deiro embarca numa peri­gosa mis­são para pôr fim à ame­aça dos Navios Ver­me­lhos, a corte é entre­gue nas mãos do prín­cipe Majes­toso que tem os seus pró­prios pla­nos maqui­a­vé­li­cos para o reino. Cabe ao jovem bas­tardo pro­te­ger o ver­da­deiro rei numa corte pres­tes a reve­lar a face dos trai­do­res num clí­max memorável."

Este livro é uma continuação do livro anterior dado que na edição portuguesa o livro foi dividido em duas metades, daí que o final do livro anterior seja abrupto e o início deste não tão suave como seria de esperar se fosse só um livro. Começa onde o anterior acaba, como seria de esperar.

Neste livro tal como o nome indica foca-se mais nas intrigas na corte do Rei Sagaz. Estando o Rei doente e cada vez mais enfraquecido e com o Rei Expectante em busca dos Antigos, Fitz vê-se isolado na corte, que é agora controlada por Majestoso sem problemas de maior, dado que todos os que lhe poderiam fazer frente não se encontram presentes ou capazes.

Os ilhéus continuam a assolar os Seis Ducados e a razão pelo qual o fazem continua uma incógnita, espicaçando a curiosidade do leitor, pois nestes três livros ouvimos falar tantas vezes deles mas ainda nunca se soube quem está por detrás dos ataques e o porquê. As dúvidas em relação aos "Forjados" continuam, sem que ninguém consiga dar uma explicação. E é neste clima que a acção se vai desenrolar dentro do Castelo de Torre de Cervo. Com Sagaz incapaz e Veracidade longe , Majestoso começa assim a por em prática os seus planos. A tudo isto assiste Fitz sem nada poder fazer, dado o juramento que fez ao seu rei de que não trairia ninguém da linhagem Visionário, nem mesmo Majestoso.

Estando sozinho, só com a ajuda de Breu, Castro, Paciência e Kettricken e do misterioso Bobo, Fitz poderá ter alguma hipótese de sobreviver a esta teia de intrigas e conspirações.

Mais uma vez fiquei completamente cativado pelo desenvolvimento do enredo, não conseguindo parar de ler muitas vezes, dado que a curiosidade em saber o que se passaria a seguir era tanta, que dava por mim a deitar-me a horas menos próprias.

Esta saga foi assim uma descoberta feliz da minha parte, estes livros já me tinham chamado a atenção, mas tinha deixado a sua compra sempre para segundo plano, no entanto assim que comecei a ler o primeiro fiquei completamente "viciado" e assim que estava quase a acabar um, já andava a procura do próximo para comprar. Assim espero ansiosamente pela saída do próximo livro, pois o final deste deixou-me com muita curiosidade para saber o que ai vem a seguir.

A forma como a autora narra a história na primeira pessoa é muito bem conseguida, dando-nos a sensação de que está mesmo a viver a acção, e conseguindo também arrastar o leitor consigo para o mundo do fantástico. Estes estão entre os livros que mais gostei de ler sem dúvida e entre aqueles que mais me cativaram também.

Concluindo mais um excelente livro, mas após dois livros de grande qualidade este só poderia seguir o mesmo caminho. No entanto deixo aqui um destaque para o final do livro, dado que foi um dos mais bem conseguidos a meu ver dos livros que li até agora. Deixa-nos uma curiosidade extrema de saber o que acontecerá no próximo livro, tal é a forma como acaba.

Nota final: 9/10