quarta-feira, 22 de abril de 2009

A Escriba


Sinopse: Alemanha, ano 799. Carlos Magno, em vésperas de ser coroado imperador do Ocidente, encarrega Gorgias, um ilustre escriba bizantino, da tradução de um documento de vital importância para o futuro da Cristandade. O trabalho deverá ser executado no mais absoluto segredo. Entretanto, Theresa, filha de Gorgias e aprendiz de escriba, é falsamente acusada de um crime e procura refúgio na cidade alemã de Fulda, perdendo o contacto com o pai. Aí, conhecerá Alcuino de York, um frade britânico que investiga uma terrível epidemia que assola a população. Quando Theresa é informada do desaparecimento misterioso de Gorgias, ela e Alcuino embarcam numa aventura inquietante para o encontrar e infiltram-se numa teia conspirativa de ambição, poder e morte, em que nada nem ninguém é o que parece e da qual depende o futuro do mundo ocidental.
Combinando o rigor histórico com uma prosa de ritmo trepidante, este romance de Antonio Garrido conduz o leitor por cidades, claustros e abadias medievais, num thriller apaixonante inspirado em factos reais.



Após umas quantas semanas sem comentar nenhum livro, pois confesso que ultimamente o meu tempo para a leitura foi em muito reduzido, mas lá me dediquei mais nestes últimos dias e assim acabei este livro.

A história decorre num período em que a Europa era dominada pelo imperador Carlos Magno, não tenho grandes conhecimentos acerca desta época (pelo menos que tenha certeza) e por isso não tinha criado expectativas em relação ao que poderia "encontrar".

Este livro acompanha a vida de Theresa que sonha ser um escriba, como o seu pai (Gorgias), vivendo a sua vida praticamente à volta dos livros, sem se interessar muito pelas tarefas que na altura seriam consideradas as que uma rapariga se deveria preocupar. Theresa vive na cidade de Wurzburgo, com o seu pai e a sua madrasta, até que acusada de um incêndio no local onde trabalhava, é obrigada a fugir, procurando refúgio na cidade de Fulda. Nesta cidade encontra-se por mero acaso com Alcuino de York, um frade que investiga uma estranha epidemia que assola a cidade de Fulda. E assim começa o enredo deste romance histórico.

As personagens deste livro cativaram-me pelo facto de considerar que foram bem descritas e o seu carácter bem explícito, sendo possível a identifação das mesmas com pessoas reais. A imprevisibilidade e "suspense" do enredo, prenderam-me em bastantas ocasiões dado que ficava sempre com curiosidade de saber o que iria acontecer. Apesar de existirem partes mais "mortas" durante a narrativa, e que a meu ver poderiam ter sido dispensadas, o mistério que se gera em torna da estranha epidemia e de um estranho pergaminho que Gorgias estaria a copiar, cativam o leitor.

Nota-se por parte do autor uma pesquisa extensa deste período da Europa, especialmente na forma de se confencionarem pergaminhos e à organização da sociedade nesta época. Gostaria apenas de salientar que o facto de o autor não dar grande detalhe à personagem de Carlos Magno pode ter sido uma menos valia para este livro, dado que me parece ser uma personagem de grande importância nesta época, no entanto, tendo em conta o enredo do livro talvez a escolha do escritor tenha sido adequada, dado que este não tem uma grande participação e influência no desenrolar dos acontecimentos.

Concluido, gostei de ler este livro, foi uma leitura agradável, apesar de em certos momentos ter sido um pouco maçadora. No entanto para quem gosta de romances históricos acho que é um bom livro para ser ler.


Nota final: 7/10

1 comentário:

Dany disse...

Comecei ontem a ler. Quando dei conta, já tinha passado uma hora. Ainda estou no início, mas tem sido bastante interessante. A parte mais "secante" tem sido a parte dos pergaminhos, mas é interessante saber como eles eram feitos :)