quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!!!!




Desejo a todos um feliz natal e que tenham tudo de bom!

Ah já agora que recebam muitos livros hoje =)

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Punhal do Soberano

Título original: Royal Assassin

Autor: Robin Hobb
Tradução: Jorge Candeias
Editora: Saída de Emergência (2009)
Nº de Páginas: 384


Sinopse: "Fitz mal escapou com vida à sua primeira missão como assassino ao serviço do rei. Regressa a Torre do Cervo, enquanto recupera do veneno que o deixou às portas da morte, mas a convalescença é lenta e o rapaz afunda-se na amargura e dor. O seu único refúgio será a Manha, a antiga magia de comunhão com os animais, que deve manter em segredo a todo o custo. Enquanto recupera, o reino dos Seis Ducados atravessa tempos difíceis com os ataques sanguinários dos Navios Vermelhos. A guerra é inevitável e preparam-se frotas de combate para enfrentar o inimigo, mas o rei Sagaz não viverá por muito mais tempo. Sem os talentos de Fitz, o reino poderá não sobreviver. Estará o assassino real à altura das profecias do Bobo que indicam que o rapaz irá mudar o mundo?"


Neste segundo volume da saga, continuamos a acompanhar a vida de Fitz e o seus progressos na adaptação à vida de assassino e de homem do rei. O livre começa com o regresso de Fitz a Torre de Cervo. Para além de possuir dotes para o Talento, Fitz possui ainda outra capacidade, o uso da Manha, um poder que lhe permite estabelecer laços e comunicar com os animais. Neste livro assistimos ao desenvolver destas habilidades e ao aumento da sua perícia como assassino. Também é iniciado um romance com Moli, uma amiga de infância, pela qual Fitz já nutria sentimentos há bastante tempo. Entretanto os ataques dos Navios Vermelhos continuam, e por conseguinte a busca de uma solução para o problema também. O número de Forjados vai aumentando, começando a representar um possível perigo para o reino e exigindo uma solução por parte de Veracidade, para acabar com este flagelo.

Assim este livro funciona como uma espécie de transição para acontecimentos mais importantes no futuro, dado que assistimos ao desenvolver de relações e de estratégias. Uma vez que o enredo neste livro se foca principalmente na vida em Torre de Cervo e na forma como Fitz gere as suas responsabilidades e relações assistimos à sua tentativa de conciliar todas as suas relações e conseguir cumprir o seu papel em todos para com Moli, a sua amada; Veracidade, o seu rei expectante; Sagaz, o seu rei; Kettricken, a sua rainha expectante; Castro; Breu; Bobo, Lobito, o seu novo companheiro e ainda lidar e estar atento aos estratagemas de Majestoso.

Estamos perante um livro com o mesmo estilo de escrita do primeiro, cativante e emocionante, no entanto a acção é menor, o que como ja referi se deve principalmente ao facto de ser um volume de transição e portanto estar apenas a localizar-nos no tempo e espaço da história. No entanto a escritora continua a escrever de uma forma entusiasmante, que nos faz sempre desejar por saber o que acontecerá a seguir, daí que o livro se leia em pouco tempo dada a curiosidade que em nós desperta. Mais uma vez a autora consegue com a sua escrita dar-nos a ilusão de que fazemos parte da história e não de que somos apenas espectadores de determinados acontecimentos. Isto é importante pois consegue cativar o leitor e provocar uma emersão na história, possibilitando assim que consigamos desenvolver determinados laços pelas personagens com que Fitz lida, começando a sentir determinados sentimos acerca da forma como cada uma age.

Mais um excelente livro de Robin Hobb e espero ansiosamente por comprar o terceiro volume, pois a vontade de o ler é enorme.

Nota final: 8/10

sábado, 28 de novembro de 2009

Aprendiz de Assassino

Título original: Assassin's Apprentice

Autor: Robin Hobb
Tradução: Orlando Moreira
Editora: Saída de Emergência (2009)
Nº de Páginas: 400


Sinopse:
O jovem Fitz é filho bastardo do nobre Príncipe Cavalaria e cresce na corte do Rei Sagaz. Marginalizado por todos, o rapaz refugia-se nos estábulos reais, mas cedo o seu sangue revela o Talento mágico e, por ordens do rei, é secretamente iniciado nas temidas artes do assassino. Quando salteadores bárbaros atacam as costas, Fitz enfrenta a sua primeira e perigosa missão que o lançará num ninho de intrigas. E embora alguns o encarem como uma ameaça ao trono, talvez ele seja a chave para a sobrevivência do reino. Com uma narrativa povoada de encantamentos, heroísmo e desonra, paixão e aventura, o Aprendiz de Assassino inicia um das séries mais bem-amadas da fantasia épica.


Neste livro acompanhamos a história de Fitz, um bastardo de um príncipe e detentor de um Talento especial, a partir do momento em que ele é entregue à família Real. Isolado e afastado de todos por ser bastardo, Fitz enfrenta uma vida um pouco difícil, no entanto, com a ajuda de determinados companheiros e amigos que arranja, consegue superar diversas situações, nomeadamente Castro e Breu.
Sendo Fitz bastardo de um príncipe, compromete-se com o Rei Sagaz a obedecer-lhe e a jurar-lhe lealdade, em troca de protecção e um lar. Sagaz ordena que ele seja instruído nas artes do assassínio para que assim possa cumprir determinadas missões que só alguém do seu estatuto poderia cumprir. Sendo visto como uma ameaça por alguns, Fitz será no entanto a chave para a sobrevivência do reino quando salteadores bárbaros atacam as costas. É enviado então numa missão que o envolverá num ninho de intrigas e conspirações, e que só a sua astúcia e força de vontade o poderão ajudar.

Apesar de no início a acção ser um pouco nula, penso que é importante esta paragem pois permite-nos enquadrar e conhecer melhor Fitz e as personagens mais importantes e como é a sua vivência. Penso que a escritora conseguiu conciliar muito bem os momentos de acção com os momentos mais parados. As descrições não são excessivas, conseguindo fazer com que o cenário e o que acontece seja facilmente perceptível para o leitor.

A história é conta na primeira pessoa, com descrições boas, e um enredo que nos cativa e desperta a curiosidade tanto mais quanto mais lemos e avançamos na história. Robin Hobb, conta-nos assim a história de Fitz à medida que este cresce, conseguindo mostrar quase na perfeição a forma como este vai crescendo e ficando mais maduro, tanto de atitude como de pensamento e os laços que vai estabelecendo com as personagens. Outro facto especial neste livro, é que a autora consegue demonstrar na perfeição os laços que se podem estabelecer entre animal e homem.
É também importante referir que a forma como a história das personagens é contada, consegue fazer com que estabeleçamos laços com elas e comecemos a sentir quase aquilo que elas sentem e até mesmo a criar determinados sentimentos em relação a elas.

Foi o primeiro livro que li desta autora, mas no entanto gostei bastante e já comprei o segundo volume(o qual me encontro a ler neste momento) e assim que acabar penso adquirir o terceiro volume.

Nota final: 8/10

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O Mar de Ferro


Título original: A Feast for Crow (2ª parte)

Autor: George R. R. Martin
Tradução: Jorge Candeias
Editora: Saída de Emergência (2009)
Nº de Páginas: 336


Sinopse: "Quando Euron Greyjoy consegue ser escolhido como rei das Ilhas de Ferro não são só as ilhas que tremem. O Olho de Corvo tem o objectivo declarado de conquistar Westeros. E o seu povo parece acreditar nele. Mas será ele capaz?
Em Porto Real, Cersei enreda-se cada vez mais nas teias da corte. Desprovida do apoio da família, e rodeada por um conselho que ela própria considera incapaz, é ainda confrontada com a presença ameaçadora de uma nova corrente militante da Fé. Como se desenvencilhará de um tal enredo?
A guerra está prestes a terminar mas as terras fluviais continuam assoladas por bandos de salteadores. Apesar da morte do Jovem Lobo, Correrrio ainda resiste ao poderio dos Lannister, e Jaime parte para conquistar o baluarte dos Tully. O mesmo Jaime que jurara solenemente a Catelyn Stark não voltar a pegar em armas contra os Tully ou os Stark. Mas todos sabem que o Regicida é um homem sem honra. Ou não será bem assim?"


Acabei ontem de ler o oitavo livro desta grande colecção. Este livro é a segunda parte do livro em inglês "A Feast for Crows". Tal como na primeira parte, a história desenrola-se à volta de personagens que estiveram mais apagadas em livros anteriores, e "esquece" as que desempenharam papéis muito importantes nos acontecimentos passados. Deixando-nos com a curiosidade bastante aguçada em relação ao que terá sucedido com elas.

Até neste livro são algumas as personagens em que o último capítulo que lemos delas nos deixa bastante curiosos e com uma vontade enorme de descobrir o que afinal aconteceu. Não irei revelar quais, como é óbvio, mas fica aqui o chamariz para lerem este livro( e todos os outros) pois são sem dúvida uma das obras primas da fantasia.

Este livro foca-se mais nos acontecimentos passados em Porto Real(principalmente), é claro que também são abordadas outras zonas mas não tão intensamente. Algumas situações pedentes do livro anterior são terminadas aqui, e novas surgem para desenvolver nos livros vindouros.

Cada livro de George R.R. Martin é fenomenal(a meu ver) mas cada um à sua maneira, enquanto uns deslumbram em termos de acção e acontecimentos marcantes, outros devem a sua marca ao desenvolvimento de personagens e acontecimentos mais secundários, mas que não deixam de ter um impacto na história. "Mar de Ferro" é um destes livros em que o autor dá mais importância à diplomacia por assim dizer, e ao delinear de esquemas após a época de combates mais violentes.

Para variar "devorei" o livro, sentido sempre necessidade de ler mais e mais, até não ter mais nada que ler. Agora tendo em conta que esta foi a última livro traduzido dos já editados, teremos de esperar bastante para que George R.R. Martin se decida a lançar "A Dance with Dragons" que está prevista para Outubro 2010(isto se se cumprir, que não tem vindo a ser o caso, pois o livro tem sido constantemente adiado). Mas com uma obra de tão grande qualidade acho que vale a pena a espera.


Nota final: 8/10

sábado, 26 de setembro de 2009

Bones of the Hills


Título: Bones of the Hills
Autor:
Conn Iggulden
Editora
: Harper; Paperback Edition, First Printing edition
Lingua
: Inglês
Nº de Páginas: 560


Sinopse: "`I am the land and the bones of the hills. I am the winter.'

Genghis Khan is the powerful leader of a nation united from the tribes and victorious in the long war against the Chin, the Mongolians' ancient fow. But now trouble arises from another direction. His embassies to the west are rebuffed, his ambassadors killed or mutilated.

So Genghis and his armies, led by his brothers and trusted generals, embark on their greatest journey, through present day Tibet, Iran and Iraq and on to the shores of the Mediterranean. Conquering city after city, one empire after another, by battle, by the siege warfare they have learnt from the Chin, by fear and by persuasion, the Mongolian power stretched over the entire region.

Genghis Khan conquered a greater empire than any other man. This achievement was made even more extraordinary as during these years, over these campaigns, his sons as well as his brothers were vying for his favour, for the right to lead the most successful of his armies, to bring in the greatest conquests, to achieve the succession.

He had already proved himself a great warrior. Now the challenge is to show himself as an outstanding ruler for his people and that rare leader, one who can manage his succession."


E assim termina esta trilogia acerca da vida de Genghis Khan. Não é uma biografia com todos os pormenores e momentos marcantes de Genghis, mas sim um livro que narra uma história na qual são incluídos determinados pormenores verídicos.

A narrativa mantém o mesmo estilo dos livros anteriores, sendo cativante e aliciante, o que muitas vezes faz com que a leitura se prolongue só para saber o que irá acontecer a seguir.

Neste último livro, Genghis Khan domina um já um grande império, mas apesar de tudo é desafiado e acaba por partir novamente à conquista e destruição de novos territórios, neste caso dos territórios árabes. Ao mesmo tempo tem de lidar com os problemas da sucessão, sabe que não é imortal e que um dia irá partir, e deseja que deixar a sua marca e que o seu sucessor mantenha o estatuto que Genghis Khan deu ao seu povo.

E a partir daqui se desenvolve a história. O autor continua a não quebrar as expectativas, apresentando mais um bom livro, no seu estilo e género e sem desiludir.
Conn Iggulden já sendo um dos meus autores preferidos, mantém assim a sua posição com esta trilogia. Comecei com a tetralogia acerca da vida de César e ficando cativado pelo seu estilo de escrita, aventurei-me nestes e não fiquei desiludido, pelo contrário, gostei e aconselho a quem gosta de livros históricos, mas não aborrecidos e com um enredo bastante bom, uma linguagem acessivel e descrições adequeadas às situações, nem muito extensas, nem muito pequenas, mas sim "perfeitas" para nos enquadrarmos no ambiente que o autor cria.

Nota final: 8/10

domingo, 13 de setembro de 2009

O Véu da Revelação


Título: O Véu da Revelação
Autor: Chris Wooding
Editora: Editorial Presença
Data 1ª Edição: 03/03/2009
Nº de Páginas: 404

Sinopse: " Este é volume final da trilogia A Teia do Mundo, uma epopeia fantástica que se revelou uma das mais exóticas e originais do século XXI. Os títulos anteriores, Os Tecedores de Saramyr e A Tapeçaria dos Deuses criaram uma expectativa intensa pelo desenlace da história. O Véu da Revelação é justamente o culminar dos sangrentos conflitos que estão a destruir o Império. Os tenebrosos Tecedores controlam agora o trono e a capital está cheia de seres monstruosos e ávidos de sangue. Alguém terá de parar os Tecedores e descobrir o sinistro segredo que escondem nos labirintos da Teia. Só Kaiku e Lúcia, apoiados pelos resistentes, possuem as capacidades para liderar o combate, mas para isso terão antes de se confrontar com aquilo em que eles próprios se tornaram."


Vários anos após a publicação do segundo livro, a Editorial Presença decide então publicar o último livro da trilogia "A Teia do Mundo".
O facto de ter passado um longo período entre as publicações do segundo e terceiro volumes, dificultou-me um pouco a leitura em alguns aspectos, na medida em que determinados factos da história já não estavam bem patentes na minha memória.

Para quem não leu os livros anteriores irei tentar resumir a história.

A história passa-se num continente chamado Saramyr, dominado por um Império em que as famílias mais poderosas envolvem-se em jogos de poder e traição de modo a conseguirem obter maior poder. No entanto no meio deste jogo de interesses, existem aqueles que têm desejos muito mais ambiciosos e secretos, os Tecedores (homens que usam umas mascaras que lhes conferem determinados poderes, mas que mediante o seu uso, os vão levando à loucura).
Os Tecedores "infiltraram-se" no seio das famílias mais poderosas, na medida, em que se tornaram essenciais para a realização de tarefas menos dignas, como assassínios e espionagem.

No entanto, estes seres que actuam como servos têm eles o desejo de se tornar os mestres. E entre eles conspiram para atacar no momento certo. Até lá, vão perseguindo os aberrantes, seres humanos com características especiais, como por exemplo conseguir ter os mesmos poderes que os Tecedores mas sem uso da Mascara. Sendo assim considerados como um potencial perigo perante o domínio dos tecedores, estes são então perseguidos e mortos.

Este pequeno resumo é o inicio da história, não querendo revelar mais pois entro depois em "spoilers".

Ora a história neste último livro foca-se essencialmente em Kaiku e Lucia, duas aberrantes com determinados poderes e as quais combatem para vencer os Tecedores. Ao longo do livro vamos seguindo as aventuras, em especial de Kaiku, e esta vai notando o quanto tudo mudou desde o início da guerra.

Gostei bastante desta trilogia, a leitura é fácil, agradável e cativante. E a maior parte das vezes no final de cada capítulo ficamos sempre com uma certa curiosidade em saber o que vem a seguir.

Apesar de quando comecei a ler esta trilogia ser bastante novo, acho que é uma colecção que se adapta a todas as idades.

Em resumo, aconselho a leitura destes livros, penso que não ficarão desiludidos.

Nota final: 7/10

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O Fado da Sombra


Título: O Fado da Sombra
Autor: Filipe Faria
Editora: Editorial Presença
Nº de páginas: 530


Sinopse:"Os deuses estão mortos, e a sua queda deixa Allaryia à beira de uma espiral de desordem e destruição. As sementes dos planos d´O Flagelo germinam em segredo, e Aewyre Thoryn e os seus companheiros são os únicos que estão cientes da insidiosa ameaça, bem como os únicos em condições de a combater. Dá-se então início a uma desesperada corrida contra o tempo, enquanto servos renegados de Seltor conspiram para levarem a cabo a queda de Ul-Thoryn. Uma ameaça de tempos imemoriais acerca-se entretanto da Pérola do Sul, ameaçando cortar pela raiz a resistência contra O Flagelo. Este é ponto de viragem da Oitava Era, após o qual nada será como dantes em Allaryia."




Após uma ausência de 2 meses, em que andei com este livro às voltas, não tanto por não estar a gostar mas pelo facto de ter andado bastante ocupado a minha disponibilidade para ler não era a maior, daí que só agora esteja a escrever a minha opinião acerca do livro.
Já o acabei à cerca de duas semanas mas como não tinha acesso à internet não pude escrever a minha análise.

Tenho seguido esta saga "Crónicas de Allaryia" desde que saiu o primeiro livro, o qual me cativou bastante. Para que não conhece, esta saga relata-nos as aventuras de Aewyre Thoryn que percorre Allaryia na tentativa de conhecer o destino do seu pai, acabando por se envolver na luta contra O'Flagelo e acabando por descobrir a eterna luta da Essência da Lâmina. Fiquei bastante entusiasmado com a história e com o enredo em si, tendo acabado por comprar todos os livros que saíram até agora desta saga. Ao longo desta podemos reparar na evolução da escrita por parte do autor, o qual tem vindo a consolidar a sua forma de escrita e a melhorá-la, notando-se descrições mais pormenorizadas e um enredo mais maduro. O escritor continua a manter o humor patente em algumas personagens, tendo momentos que despertam o riso no leitor.

Neste penúltimo livro da saga (a qual será constítuida por 7 livros), a história desenrola-se basicamente entre duas frentes uma em Ul-Thoryn e outra nas Fiordes.
Este livro traz poucos progressos para a história, salvo dois ou três acontecimentos mais marcantes, os quais não irei revelar. A meu ver este livro é mais uma espécie de preparação para o grande final do que outra coisa, pois ao longo do livro é fácil de reparar que é maior a quantidade de preparativos para algo vindouro do que propriamente acção pura e acontecimentos rápidos e com grandes consequências.

Apesar de no geral até ter gostado do livro, houve diversas coisas que desgostei e que penso que o autor poderia melhorar. Começo por referir o uso que o autor dá a palavras "caras" muitas das quais desconhecia a existência e apenas não recorri a um dicionário pois não o tinha comigo na altura, acabando por ter de deduzir dentro do contexto o seu significado. Penso que em livros de fantasia virados para um público mais jovem o uso destas palavras não terá sido a melhor escolha. Outra coisa que tenho a apontar é as descriçoes excessivamente pormenorizadas de alguns acontecimentos que juntamentos com o uso de palavras "caras" as torna bastante aborrecidas e penosas de ler, um exemplo desta situação é a descrição de um duelo que se prolonga por 16 páginas, praticamente pura descrição do combate sem diálogos, em que muitas das palavras aplicadas para descrever os golpes usados eu desconhecia, acabando por me confundir no meio de tanta descrição, acabando por reter muito pouco dessa luta.
Penso que o autor poderia melhorar estes dois pontos pois tornaria a leitura muito mais cativante.
Este uso de vocabulário mais rebuscado e descriçoes mais pormenorizadas tem-se vindo a acenturar no autor, dado que nos primeiros livros da série apesar de existirem já algumas partes assim, não tinha a extensão que tiveram neste livro.

Apesar destes factos que referi, até nem desgostei do livro, no entanto, acho que o escritor poderia ter tornado este livro no último se nos últimos 2/3 livros da série não tivesse empatado tanto a história com acontecimentos menos importantes. Noto já algum "enrolar" da história um pouco excessivo, em que não acontece praticamente nada na maior do livro de relevante.

Resumindo, para quem já leu os livros anteriores da saga, o estilo mantém-se e o livro antevê um grande final para esta saga, o desfecho deste livro é surpreendente e deixa-nos com bastante curiosidade para saber o que irá acontecer no próximo.

Nota final: 6/10

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Festim dos Corvos


Sinopse( contém spoilers): Continuando a saga mais ambiciosa e imaginativa desde O Senhor dos Anéis, As Crónicas de Gelo e Fogo prosseguem após o violento triunfo dos traidores.
Enquanto os senhores do Norte lutam incessantemente uns contra os outros e os Homens de Ferro estão prestes a emergir como uma força implacável, a rainha regente Cersei tenta manter intacta a força dos leões em Porto Real. Os jovens lobos, sedentos por vingança, estão dispersos pela terra, cada um envolvido no perigoso jogo dos tronos.
Arya abandonou Westeros rumo a Bravos, Bran desapareceu na vastidão enigmática para além da Muralha, Sansa está nas mãos do ambicioso e maquiavélico Mindinho, Jon Snow foi proclamado comandante da Muralha mas tem que enfrentar a vontade férrea do rei Stannis e, no meio de toda a intriga, começam a surgir histórias do outro lado do mar sobre dragões vivos e fogo...


Depois de ter lido o fantástico livro "A Glória dos Traidores", era difícil ter expectativas que superassem a qualidade do mesmo. Depois de um livro em que aconteceram acontecimentos marcantes e a acção se desenrolou de uma forma rápida e praticamente sem paragens, "O Festim dos Corvos" traz-nos uma acalmia na história.

Os locais mais abordados neste livro, pouco ou nada apareceram nos restantes, e muitas das personagens que vinhamos a seguir atentamente nos anteriores, neste acabamos por nada saber delas, deixando-nos assim, em suspense, para os próximos livros.

Apesar da história continuar impecável e cativante, este livro tem algo de diferente, dado que nos centramos mais na trama politica, do que nas batalhas, também dada a qualidade do livro anterior, é difícil não ficar com uma certa vontade de algo mais... A meu ver este livro parece que "sabe a pouco" pois não nos esclarece acerca do destino das personagens mais marcantes que tínhamos vindo a acompanhar.

No entanto, não deixa de ser mais um excelente livro destas "Crónicas de Gelo e Fogo" e a qual se ainda não começaram a ler, não sabem o que estão a perder.

Nota final: 8/10

P.S: Atribui uma nota mais baixa que nos anteriores, não pela falta de qualidade do mesmo, mas sim por ter ficado como já referi, com um desejo de algo mais. Ansiava por saber mais e fiquei com o "desejo frustrado". Por esta razão atribui-lhe um 8, dado o pequeno desenvolvimento que houve neste livro da série.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A Escriba


Sinopse: Alemanha, ano 799. Carlos Magno, em vésperas de ser coroado imperador do Ocidente, encarrega Gorgias, um ilustre escriba bizantino, da tradução de um documento de vital importância para o futuro da Cristandade. O trabalho deverá ser executado no mais absoluto segredo. Entretanto, Theresa, filha de Gorgias e aprendiz de escriba, é falsamente acusada de um crime e procura refúgio na cidade alemã de Fulda, perdendo o contacto com o pai. Aí, conhecerá Alcuino de York, um frade britânico que investiga uma terrível epidemia que assola a população. Quando Theresa é informada do desaparecimento misterioso de Gorgias, ela e Alcuino embarcam numa aventura inquietante para o encontrar e infiltram-se numa teia conspirativa de ambição, poder e morte, em que nada nem ninguém é o que parece e da qual depende o futuro do mundo ocidental.
Combinando o rigor histórico com uma prosa de ritmo trepidante, este romance de Antonio Garrido conduz o leitor por cidades, claustros e abadias medievais, num thriller apaixonante inspirado em factos reais.



Após umas quantas semanas sem comentar nenhum livro, pois confesso que ultimamente o meu tempo para a leitura foi em muito reduzido, mas lá me dediquei mais nestes últimos dias e assim acabei este livro.

A história decorre num período em que a Europa era dominada pelo imperador Carlos Magno, não tenho grandes conhecimentos acerca desta época (pelo menos que tenha certeza) e por isso não tinha criado expectativas em relação ao que poderia "encontrar".

Este livro acompanha a vida de Theresa que sonha ser um escriba, como o seu pai (Gorgias), vivendo a sua vida praticamente à volta dos livros, sem se interessar muito pelas tarefas que na altura seriam consideradas as que uma rapariga se deveria preocupar. Theresa vive na cidade de Wurzburgo, com o seu pai e a sua madrasta, até que acusada de um incêndio no local onde trabalhava, é obrigada a fugir, procurando refúgio na cidade de Fulda. Nesta cidade encontra-se por mero acaso com Alcuino de York, um frade que investiga uma estranha epidemia que assola a cidade de Fulda. E assim começa o enredo deste romance histórico.

As personagens deste livro cativaram-me pelo facto de considerar que foram bem descritas e o seu carácter bem explícito, sendo possível a identifação das mesmas com pessoas reais. A imprevisibilidade e "suspense" do enredo, prenderam-me em bastantas ocasiões dado que ficava sempre com curiosidade de saber o que iria acontecer. Apesar de existirem partes mais "mortas" durante a narrativa, e que a meu ver poderiam ter sido dispensadas, o mistério que se gera em torna da estranha epidemia e de um estranho pergaminho que Gorgias estaria a copiar, cativam o leitor.

Nota-se por parte do autor uma pesquisa extensa deste período da Europa, especialmente na forma de se confencionarem pergaminhos e à organização da sociedade nesta época. Gostaria apenas de salientar que o facto de o autor não dar grande detalhe à personagem de Carlos Magno pode ter sido uma menos valia para este livro, dado que me parece ser uma personagem de grande importância nesta época, no entanto, tendo em conta o enredo do livro talvez a escolha do escritor tenha sido adequada, dado que este não tem uma grande participação e influência no desenrolar dos acontecimentos.

Concluido, gostei de ler este livro, foi uma leitura agradável, apesar de em certos momentos ter sido um pouco maçadora. No entanto para quem gosta de romances históricos acho que é um bom livro para ser ler.


Nota final: 7/10

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Até que enfim...

Há uns tempos atrás escrevi aqui um post (http://literaturismos.blogspot.com/2008/11/chris-wooding.html) a relatar o facto de a Editorial Presença ter aparentemente esquecido uma triologia que tinha começado a traduzir, essa triologia tem o nome de "A Teia Do Mundo".

Ora no mês passado num passeio pela Fnac deparo-me finalmente com o terceiro livro... Após 4 anos de espera, dado que a 1º edição do 2º livro da triologia data de 2005, eis que a Editorial Presença decide finalmente lançar o 3º e último livro da série.

Dado o tempo que passou sem existir quaisquer noticias desta triologia, tinha para mim que teria de comprar o terceiro livro da série na sua língua original, mas eis que eles se lembram que ainda faltava lançar um livro.

O livro é o "O Véu da Revelação", o qual eu já adquiri pois quando começo uma colecção gosto de a completar.













Ora o que sucede agora é que após tantos anos, a forma como estava envolvido na história e os mistérios que "ansiava" por resolver, há muito que foram esquecidos, sendo que para ler este livro, terei de pelo menos ler algumas passagens dos dois livros anteriores para me conseguir situar novamente na história, sendo que será praticamente impossível estar tão dentro da história como estava há 4 anos atrás.

É pena que as editoras demorem tanto tempo a lançar as continuações de alguns livros, dado que o livro foi lançado na língua original em 2005, e só agora é que chegou a tradução, é um tempo bastante consideravél para uma triologia, da qual dois dos seus três livros já tinham sido traduzidos.


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

The Spook's Battle


Sinopse: "‘PENDLE IS RIDDLED WITH WITCHES,’ THE SPOOK SAID. ‘SO THERE MIGHT WELL BE THINGS I’VE NEVER COME UP AGAINST MYSELF.WE’LL HAVE TO BE FLEXIBLE AND READY TO LEARN.BUT I THINK THE BIGGEST PROBLEM WE FACE IS THEIR SHEER NUMBERS.OFTEN WITCHES BICKER AND ARGUE BUT WHEN THEY DO AGREE AND MEET TOGETHER WITH A COMMON PURPOSE, THEIR STRENGTH IS GREATLY INCREASED.AYE, WE MUST BEWARE THAT.YOU SEE THAT’S RIGHT AT THE HEART OF THE THREAT WE FACE – THAT THE WITCH CLANS MIGHT UNITE.’

In Pendle the witches are rising and the three most powerful witch clans are rumoured to be uniting in order to conjure an unimaginable evil. Together they will be capable of raising the dark made flesh – the Devil himself. Tom and the Spook need to set off for Pendle to avert the unthinkable. But before they go, the Spook tells Tom to journey home and collect the trunks Mam left behind for him. But what dark family secrets are contained in the trunks? And will they place Tom’s family in even greater danger or provide the help Tom and his master will need in Pendle?"



Este é o quarto livro da colecção "Wardstone Chronicles", que segue a vida de um aprendiz de feiticeiro. A história é narrada pelo aprendiz, sendo que o livro funciona como um diário ao seja, à medida que vamos lendo, percebemos que tudo já acontecu e estamos a ler apenas o relato dos acontecimentos na primeira pessoa.

Neste livro, o aprendiz, Thomas, e o seu mestre partem para Pendle, onde as bruxas começam a dar sinais de união e planeiam invocar um poderoso demónio, sendo tarefa dos nossos protagonistas evitar a todo o custo que isso aconteça. Está assim definido o principal objectivo das nossas personagens e à volta do qual a história se desenrola.

Estes livros são mais na categoria dos juvenis, no entanto, apesar da sua simplicidade em termos de enrendo têm conseguido cativar-me. Como são pequenos são livros que se lêem muito rapidamente e que servem para "desenjoar" um pouco de outro tipo de leituras.

Apesar de estar patente uma grande componente mágica nestes livros, a magia deles nada tem a ver com a de Harry Potter, no entanto, em determinadas situações tem acontecimentos "mais pesados" do que nos livros do tão famoso feiticeiro.


Nota final: 7/10

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Os Pilares da Terra




















Sinopse: Na Inglaterra do século XII, Tom, um humilde pedreiro e mestre-de-obras, tem um sonho majestoso – construir uma imponente catedral, dotada de uma beleza sublime, digna de tocar os céus. E é na persecução desse sonho que com ele e a sua família vamos encontrando um colorido mosaico de personagens que se cruzam ao longo de gerações e cujos destinos se entrelaçam de formas misteriosas e surpreendentes, capazes de alterar o curso da história. Recheado de suspense, corrupção, ambição e romance, Os Pilares da Terra é decididamente a obra-prima de um autor que já vendeu 90 milhões de livros em todo o mundo.



Há já algum tempo que andava para ler este livro, no entanto, andava a adiar a sua compra. Contudo, no Natal, foi-me oferecido o Volume I e assim comecei a ler Os Pilares da Terra.

Este livro acompanha a vida de várias personagens que vão aparecendo ao longo da história, mas devido ao rumo que acção toma e ao papel que cada personagem desempenha acabam por se cruzar. O tema principal do livro é a construção de uma catedral. Ao longo da história acompanhamos a vida de Tom, o pedreiro que sonha em construir uma catedral majestosa e bela que perdure ao longo dos séculos. Ao longo da sua viagem à procura de um local onde exista uma catedral em construção Tom, cruza-se com outras personagens, Philip, um monge, justo, calmo e empreendedor; Aliena e Richard, dois filhos de um nobre que perdeu tudo; William, um cavaleiro sem escrupulos, e Waleran, um padre que passa por cima de tudo e todos em nome da religião, ou mais, correctamente dos seus interesses.

No ínicio o livro não me cativou muito, no entanto há medida que ia avançado na história fiquei cada vez mais preso, e chegou uma altura em que só apagava a luz para ir dormir, pois já era bastante tarde, dado que a minha vontade era continuar a ler, para saber o que iria acontecer.

O escritor trasporta-nos para uma Inglaterra Mediaval, marcada por uma guerra civil. Não tenho muito conhecimento acerca da história da Inglaterra e portanto, não posso garantir que os acontecimentos históricos narrados no livro, correspondem à verdade. O autor mostra-nos um pouco da conspiração e trama que existia entre os nobres e os mais poderosos do clero, e a influência que os interesses pessoas tinham nas decisões tomadas na altura. É nos mostrado o lado "bom" e "mau" da Igreja, com padres sérios e justos, como Philip, mas também o lado interesseiro e sem escrupulos de outros padres, como Waleran.

Um dos poucos pontos negativos que tenho a apontar é o facto de durante as descrições de catedrais e da forma como se constroem, existirem muitos termos que eu não sabia identificar. Talvez por falta de vocabulário, nos termos descritivos das catedrais, o facto é que muitas veze, não consegui perceber a descrição que era feita, fora isto este pequeno aspecto, que talvez seja mais pessoal do que outra coisa, considero o livro excelente.

Este é sem dúvida um dos melhores livros que li até agora e um dos quais me prendeu mais, pena o preço ser um pouco excessivo. No entanto se tiverem oportunidade e gostarem de romances históricos situados na época mediaval, aconselho vivamente a lerem este livro.


Nota: 9/10

domingo, 4 de janeiro de 2009

O Dragão de Sua Majestade (Téméraire, Livro 1)


Sinopse:"Imagine-se o leitor em pleno decurso das Guerras Napoleónicas. Com uma ligeira alteração... os combates travam-se, não somente em terra ou no mar, mas também... nos céus. Num tempo alternativo, o planeta é compartilhado por duas espécies igualmente inteligentes: os humanos e os dragões. Estes associam-se aos homens quando à nascença recebem o arnês das mãos de um deles, criando um vínculo quase simbiótico que perdura ao longo das suas vidas. Seres magníficos e poderosos, além de capazes de voar, os dragões transportam toda uma tripulação de aviadores, acrescentando um devastador contributo às batalhas. Foi assim que o capitão Will Laurence viu a sua vida mudar de um dia para o outro quando abalroou uma fragata francesa e capturou um ovo de uma espécie muito rara de dragões, oferta do Imperador da China ao próprio Napoleão. Peter Jackson, o realizador de O Senhor dos Anéis, adquiriu já os direitos para o cinema desta inovadora epopeia fantástica."





Acabei recentemente este livro, andei bastante tempo a vê-lo nas prateleiras da livraria mas nunca tinha arranjado a motivação para o comprar, no entanto a WhiteLady3 no seu blog "Este meu cantinho" com a sua opinião, digamos que foi o incentivo necessário para que realizasse a compra.

Tem uma leitura fácil e que não é cansativa, e a história desenrola-se a um bom ritmo, começando devagar mas progredindo ao longo do livro.
A história em si é cativante e dado o pequeno tamanho do livro rapidamente se acaba.
O livro encontra-se divido em 3 partes. Em cada uma existe uma certa "missão" a cumprir.
Ao longo da história os laços entre o dragão e o seu piloto vão-se tornando cada vez mais fortes e isso esta bem patente enquanto lemos o livro.

Apesar de ter gostado do livro, para já não penso em adquiri a sequela, mais tarde talvez mas por agora não. Não deixa de ser um bom livro, mas por enquanto estou "satisfeito" com o que li no primeiro e como tenho outros livros que gostaria de ler, a continuação ficará para outra altura.

Nota final: 6/10